Informações Sobre O Filme Ladrões de Bicicleta

Imagens De Divulgação: Pôster | Imagem De Fundo
Titulo No Brasil: Ladrões de Bicicleta
Titulo Original: Ladri di biciclette
Categorias: Drama
Diretor: Vittorio De Sica
Lançamento: 1948
Duração: 1h 30m
Classificação: T
Sinopse: Desempregado Antonio Ricci (Lamberto Maggiorani) está eufórico quando finalmente encontra trabalho colocando cartazes pela cidade de Roma, destruída pela guerra. Sua esposa Maria (Lianella Carell), vende os lençóis da família para resgatar a bicicleta de Antonio da loja de penhor, para que ele...
possa aceitar o trabalho. Porém, o desastre ataca, quando a bicicleta de Antonio é roubada. (e 10 - Estimado 10 Anos)
Votos: 182401 | atualizado em: 17/03/2025
Nota: 8.3 | atualizado em: 17/03/2025
Personagem 1: Antonio (Lamberto Maggiorani)
Personagem 2: Bruno (Enzo Staiola)
Personagem 3: Maria (Lianella Carell)
Personagem 4: Baiocco (Elena Altieri)
Personagem 5: Alfredo Catelli, The Thief (Gino Saltamerenda)
Personagem 6: The Beggar (Giulio Chiari)
Tags: Drama | Filme De 1948
Id Tmdb: 5156
Onde Assistir: Belas Artes à La Carte
Curiosidades Do Filme Ladrões de Bicicleta
Ladrões de Bicicleta (1948), dirigido por Vittorio De Sica, é um dos filmes mais emblemáticos do movimento neorrealista italiano. A obra conta a história de Antonio Ricci (Lamberto Maggiorani), um homem desempregado que finalmente consegue um trabalho colando cartazes pela cidade de Roma, mas seu destino toma um rumo trágico quando sua bicicleta é roubada, colocando em risco seu sustento e a sobrevivência de sua família.
O filme é uma crítica à pobreza e à luta pela sobrevivência na Itália pós-Segunda Guerra Mundial. De Sica, junto com o roteirista Cesare Zavattini, optou por usar atores não profissionais, o que deu ao filme uma sensação de realismo absoluto, afastando-se das convenções do cinema convencional da época. O resultado foi um retrato honesto e brutal da vida nas ruas de Roma, uma cidade devastada pela guerra e pelo desemprego.
Ladrões de Bicicleta é um exemplo de como o neorrealismo buscava refletir as dificuldades da classe trabalhadora, abordando questões como a desesperança, a falta de oportunidades e a luta por dignidade. O filme também foca no relacionamento entre pai e filho, mostrando a conexão emocional e a frustração de Antonio enquanto tenta lidar com a adversidade e sustentar seu filho, Bruno (Enzo Staiola), na busca pela bicicleta perdida.
A bicicleta, nesse contexto, simboliza não só o meio de trabalho de Antonio, mas também a sua última esperança de uma vida melhor. A busca pela bicicleta se torna uma jornada emocional, onde o homem se vê confrontado com a dura realidade das escolhas que deve fazer para garantir sua sobrevivência. A perda da bicicleta não é apenas uma perda material, mas um golpe fatal em sua dignidade.
A atuação de Lamberto Maggiorani, um ator amador, é uma das grandes forças do filme. Sua interpretação de Antonio é cheia de uma sinceridade brutal, sem afetação ou exagero. A natureza não profissional do elenco ajuda a dar ao filme uma sensação de realismo palpável e força emocional. A conexão entre Antonio e seu filho Bruno é central para a narrativa, e a química entre os dois atores é comovente.
O filme é também um exemplo do uso eficaz da locação como um elemento narrativo. As ruas de Roma, os mercados lotados e os becos apertados são retratados não apenas como cenários, mas como personagens em si mesmos, contribuindo para a criação de uma atmosfera de desesperança. O ambiente urbano pós-guerra é um reflexo das dificuldades enfrentadas pelos personagens e pela sociedade italiana da época.
A trilha sonora de Alessandro Cicognini também merece destaque, pois complementa de forma eficaz a narrativa emocional do filme. A música é suave e minimalista, permitindo que a tensão e a dor dos personagens se destaquem sem distrações excessivas. O som torna-se parte integrante da experiência sensorial do filme, amplificando a conexão emocional com o público.
A obra recebeu aclamação mundial, sendo indicada ao Oscar de Melhor Roteiro Adaptado e ganhando o Prêmio Especial do Júri no Festival de Cinema de Cannes em 1949. Ladrões de Bicicleta também foi um dos filmes que ajudou a estabelecer o neorrealismo italiano como um dos movimentos cinematográficos mais importantes e influentes do século XX.
Considerado um dos maiores filmes de todos os tempos, Ladrões de Bicicleta continua a ser estudado e apreciado por sua profundidade emocional, realismo cru e pela forma com que aborda temas universais, como a pobreza, a dignidade e a luta pelo sustento. Sua influência pode ser vista em filmes de todo o mundo, tornando-se uma obra-prima do cinema mundial.
Ladrões de Bicicleta também é notável por sua simplicidade. Não há um enredo complexo, mas sim uma representação honesta da vida cotidiana, onde o sofrimento e a perseverança são narrados de forma direta. Isso torna o filme atemporal, com ressonâncias para qualquer época e qualquer cultura.